2/26/2006

Saga Sertaneja


A Igreja Católica e a Bíblia.


“Desde que foi fundada por Jesus Cristo, que a Igreja Católica se tem postado como guardiã e incentivadora da Bíblia. Assim, ao longo dos séculos, ela preservou – contra os hereges, perseguidores e ateus, o Tesouro Sagrado da Divina Palavra. Verdade é que, nos três primeiros séculos do Cristianismo, os imperadores romanos mandaram seus soldados queimar os vasos sagrados e a Bíblia, na tentativa de destruir pela raiz a Boa Nova de Cristo. Os primeiros mártires, arriscando a própria vida, defenderam a Sagrada Escritura”.

Nos séculos IV e V, quando surgiram dúvidas sobre os livros que eram inspirados ou não, os Papas Dâmaso I (366 – 384), Inocêncio I (401 – 417), reunidos em Concílios Regionais, decidiram que o verdadeiro Cânon da Bíblia (isto é, a lista dos livros inspirados que compõem a Bíblia), compreende 73 livros. Verdade é que, a partir de então, por decisão destes Papas, a Bíblia Católica tem 73 livros, sendo 46 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Por conseguinte, desconhece a história da formação do Cânon da Bíblia Católica quem afirma que somente no Concílio de Trento (1545 – 1563) foi que a Igreja Católica resolveu admitir que a sua Bíblia tivesse 73 livros, puro engano! O que aconteceu foi o seguinte: o Concílio de Trento fez apenas homologar as decisões conciliares, já tomadas anteriormente, nos séculos IV e V.

Visando proporcionar aos Católicos uma tradução bem feita e acessível ao povo, o Papa Dâmaso I encarregou São Jerônimo (342 – 420) de traduzir a Bíblia dos textos originais (grego, hebraico e aramaico) para o Latim popular. Daí surgiu a Bíblia chamada Vulgata, concluída em 384. Naquela época, toda a Europa falava e escrevia o Latim Vulgar, popular.

Durante a invasão dos Bárbaros, foram os Monges e Frades, trancados em seus conventos e mosteiros, que salvaram a Sagrada Escritura, re-copiando os textos e preservando-os contra o ataque silencioso das traças. Esta é a transcrição de uma parte do artigo escrito pelo Professor Itamar de Souza, no Jornal A ORDEM, da Arquidiocese de Natal, publicado no dia 16 de novembro de 2003, e que traz o título “A Igreja Católica e a Bíblia”.

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