1º) Qual é a essência do homem ? (o que faz o homem ser propriamente homem?)
2º) O que é consciência?
3º) O que é Deus?
4º) O que funda a essência peculiar da Religião?
Para compreender qual é a essência do homem, isto é, o que faz o homem ser propriamente homem, Feuerbach faz um paralelo entre o homem e o animal e diz que a diferença essencial entre ambos está na consciência. Mas, consciência no sentido rigoroso, que só existe quando, para um ser, é o objeto o seu gênero, a sua equidade. Só o homem tem esse tipo de consciência. O animal é objeto para si mesmo como indivíduo mas , não como gênero, pois isso lhe falta consciência , cujo nome deriva do saber.
Segundo Feuerbach, o animal tem apenas uma vida simples, mas o homem uma dupla: no animal a vida interior é idêntica à exterior; já o homem, possui um vida interior e outra exterior. A vida interior do homem é a vida relacionada com o seu gênero, com a sua essência. O animal não poder exercer nenhuma função do gênero sem um outro indivíduo fora dele, mas o homem poder exercer a função de gênero o pensar, do falar sem necessidade de um outro. O homem é para si ao mesmo tempo Eu e Tu. Assim a diferença entre o homem e o animal é que o homem é capaz de eleger como objeto da existência a sua essência infinita.
Feuerbach faz esse paralelo para explicar que a essência do homem, em contraste com a do animal não é apenas o fundamento, mas também o objeto da religião: “A religião se baseia na diferença essencial entre o homem e o animal – os animais não têm religião.” A religião é a consciência do infinito, isto é, a consciência que o homem tem da sua essência não finita. No objeto religioso a consciência coincide imediatamente consigo mesmo. A religião está no relacionar-se do homem com sua própria essência. A religião é, portanto, a projeção da essência do homem, isto é, a revelação dos tesouros ocultos do homem, a profissão pública dos seu segredos de amor.
A consciência é essencialmente de natureza universal, infinita. Assim, a consciência do infinito não é nada mais que a consciência de infinitude da sua consciência. Ou melhor, a consciência do infinito é a infinitude de sua própria essência um objeto para o consciente. A essência do homem da qual ele é consciente, ou que realiza o gênero, a própria humanidade do homem é a razão, vontade e coração (amor). Mas, esses três elementos não têm poder em si mesmo. O poder que esses elementos têm é dado pelo homem – vontade é o poder da vontade; o poder da razão é o poder da razão e o poder do amor é o poder do amor.
Feuerbach quer dizer que a consciência que o homem tem do objeto é a consciência que ele tem de si mesmo. Através do objeto se conhece o homem. O objeto é a essência revelada do homem, o seu eu verdadeiro, objetivo. E além do mais, o homem nada é sem objetivo. A sua meta é realizar a sua própria essência – querer ser perfeito. E o que compõe a sua essência é o querer, o amor e o pensar.
Segundo Feuerbach, qualquer que seja o objeto de que tomemos consciência ficará simultaneamente que tomemos consciência da nossa própria essência. É por isso, que ele diz que o ser absoluto, o Deus do homem é a sua própria essência. “Deus é o espelho do homem ”. Isso porque, a consciência do infinito – Deus – é a consciência da própria essência do homem. Portanto, consciência é o ser-objeto-de-si-mesmo de um ser; nesse sentido não é nada de especial, nada diferente do ser que é consciente de si mesmo.
Consciência é autoconfirmação, auto-afirmação, amor próprio, contentamento com a própria perfeição. Consciência é a marca característica de um ser perfeito; consciência existe somente num ser satisfeito, completo. Toda limitação da razão ou da essência do homem em geral baseia-se num engano, num erro. Pode o indivíduo sentir-se finito, limitado, mas ele só pode ter consciência da sua limitação porque a infinitude do gênero é um objeto para ele, seja um objeto do sentido, da consciência moral ou da consciência pensante. Se ele, porém, fizer das suas limitações as limitações do gênero, explicar-se isto pelo engano dele se considerar idêntico ao gênero.
Assim, para Feuerbach o homem desloca o seu ser para fora de si antes de encontrá-lo em si. Todas as qualificações do ser divino são qualificações do ser humano. O ser divino é unicamente o ser do homem libertado dos limites do indivíduo , isto é, dos limites da corporeidade e da realidade, mas objetivado, ou seja, contemplado e adorado como outro ser, distinto dele. O homem se alheia e constrói a divindade sem se reconhecer nela porque encontra uma natureza insensível aos seus sofrimentos, porque tem segredo que o sufocam; e, na religião, alivia o seu próprio coração oprimido. Ele foge da natureza, das coisas visíveis, refugiando-se no seu próprio íntimo, para aqui encontrar que escute o seu próprio sofrimento. É aqui que ele expressa os segredos que o sufocam, é aqui que ele alivia o seu próprio coração oprimido. Esse conforto do coração, esse segredo que pode se revelar, esse sofrimento que pode se expressar, isso é Deus. Deus é uma lágrima de amor derramada no mais profundo segredo sobre a miséria humana.
Pelo Deus conheces o homem e vice-versa pelo homem conheces o seu Deus; ambos são a mesma coisa. O que é Deus para o homem é o seu espírito, a sua alma e o que é para o homem seu espírito, sua alma, seu coração, isto é também o seu Deus. Deus é a intimidade revelada, o pronunciamento do Eu do homem.
A consciências de Deus, definida como a consciência que o homem tem de si mesmo, não deve ser aqui entendido como se o homem religiosos fosse diretamente consciente de si, que a sua essência de Deus é a consciência que tem da sua própria essência, porque a falta da consciência deste fato é exatamente o que funda a essência peculiar da religião. Para sanar este mal-entendido é melhor dizer: a religião é a consciência primeira e indireta que o homem tem de si mesmo. Por isso, em toda parte a religião precede à filosofia, tanto na história da humanidade quanto na história do indivíduo. Neste caso, a religião é a essência infantil da humanidade. Assim, Feuerbach diz que a religião no primeiro momento – a anterior – é para a posterior uma idolatria: o homem adorou a sua própria imagem. Ele objetivou-se, mas não reconheceu o objeto como sua essência.
Quando o homem religiosos projeta a sua imagem no céu e diz que não é ele, isso é um empobrecimento dos atributos do homem, pois ele nega os seus próprios atributos. Pois, ao criar o objeto, o homem coloca tudo aquilo que ele gostaria de ser: infinito, onipotente, imortal, ilimitado. Nesse caso, é o homem quem cria Deus. Perguntar quem é Deus é perguntar quem é o homem. Mas, quando o homem pensa que é criatura de Deus, isso é o máximo da sua alienação, porque ele passa a ser criação do objeto criado por ele. “Não é Deus que cria o homem, mas é o homem que cria Deus.” O que há de bonito na religião é que ela coloca a capacidade do homem se admirar consigo mesmo. E o que há de feio é que considera o ser parte diferente de Deus. Portanto, todas as qualidades da ação essência divina são qualidades da essência humana. Um ser sem qualidade é um ser sem objetividade e um ser sem objetividade é um ser nulo.
O suposto religioso de limitar Deus através de predicados determinados é apenas o desejo irreligioso de nada mais querer saber de Deus, de tirá-lo fora da mente. “ Quem teme ser infinito, teme existir”. Quem crê seriamente na existência de Deus, este não se escandaliza com as qualidades de Deus.
A intenção de Feuerbach é provar que a oposição entre o divino e o humano é apenas ilusória, isto é, nada mais é do que a oposição entre a essência humana e o indivíduo humano, que consequentemente também o objeto e o conteúdo da religião cristã é inteiramente humana - a teologia é antropologia. A religião é o relacionamento do homem consigo mesmo. A essência divina não é nada mais do que a essência humana. Os predicados divinos não passam de predicados humanos. É bom salientar, que Feuerbach apresenta duas formas de negação dos predicados divinos: “não dá para conhecer Deus” por causa da ingnoscibilidade de Deus (isso é fruto dos últimos tempos, um produto da descrença moderna) e fazer uma distinção entre o Deus em si e o Deus para mim.
Para Feuerbach a distinção entre Deus em si e o Deus para mim é uma distinção cética, pois Deus como se apresenta para mim tem qualidades humana. Quando sou capaz de me pensar como gênero, essa distinção - entre Deus em si e Deus para mim - desaparece, pois não tem sentido. A atividade divina não se distingue da humana. Todas as qualidades humanas são perfeitas porque não tem um ser que esteja acima do homem. não temos fundamentos para fazer essa distinção. Essa distinção é cética. Perguntar se Deus é em si o que ele é para mim, significa perguntar se Deus é Deus.
CONCLUSÃO:
Feuerbach substitui o Deus do céu por outra divindade, o homem de carne e de sangue. E, assim, pretende substituir a moral que recomenda o amor a Deus pela moral que recomenda o amor ao homem em nome do homem. Essa é a intenção do humanismo de Feuerbach: a de transformar os homens de amigos de Deus em amigos dos homens, de homens que crêem em homens que pensam, de homens que oram em homens que trabalham.
A origem da idéia de Deus tem o caráter da hipostatização: o homem projeta todas a suas qualidades positivas numa pessoa divina e faz dele uma realidade subsistente, diante da qual ele se sente esmagado como um nada ou, pelo menos, como um miserável pecador. Assim, por exemplo, a idéia de Deus como pai nasce da necessidade de segurança dos homens; a idéia de Deus feito homem exprime a excelência do amor pelos outros; a idéia de um ser perfeitíssimo nasce para representar ao homem aquilo que ele deveria, mas que jamais consegue ser, a idéia de uma existência ultraterrena não é outra coisa senão a fé na vida terrestre, não como ele é atualmente, mas como deveria ser; a Trindade sugere as três faculdades supremas do homem, vontade, razão e amor, tomadas na sua unidade e projetada acima do homem, e assim por diante.
2º) O que é consciência?
3º) O que é Deus?
4º) O que funda a essência peculiar da Religião?
Para compreender qual é a essência do homem, isto é, o que faz o homem ser propriamente homem, Feuerbach faz um paralelo entre o homem e o animal e diz que a diferença essencial entre ambos está na consciência. Mas, consciência no sentido rigoroso, que só existe quando, para um ser, é o objeto o seu gênero, a sua equidade. Só o homem tem esse tipo de consciência. O animal é objeto para si mesmo como indivíduo mas , não como gênero, pois isso lhe falta consciência , cujo nome deriva do saber.
Segundo Feuerbach, o animal tem apenas uma vida simples, mas o homem uma dupla: no animal a vida interior é idêntica à exterior; já o homem, possui um vida interior e outra exterior. A vida interior do homem é a vida relacionada com o seu gênero, com a sua essência. O animal não poder exercer nenhuma função do gênero sem um outro indivíduo fora dele, mas o homem poder exercer a função de gênero o pensar, do falar sem necessidade de um outro. O homem é para si ao mesmo tempo Eu e Tu. Assim a diferença entre o homem e o animal é que o homem é capaz de eleger como objeto da existência a sua essência infinita.
Feuerbach faz esse paralelo para explicar que a essência do homem, em contraste com a do animal não é apenas o fundamento, mas também o objeto da religião: “A religião se baseia na diferença essencial entre o homem e o animal – os animais não têm religião.” A religião é a consciência do infinito, isto é, a consciência que o homem tem da sua essência não finita. No objeto religioso a consciência coincide imediatamente consigo mesmo. A religião está no relacionar-se do homem com sua própria essência. A religião é, portanto, a projeção da essência do homem, isto é, a revelação dos tesouros ocultos do homem, a profissão pública dos seu segredos de amor.
A consciência é essencialmente de natureza universal, infinita. Assim, a consciência do infinito não é nada mais que a consciência de infinitude da sua consciência. Ou melhor, a consciência do infinito é a infinitude de sua própria essência um objeto para o consciente. A essência do homem da qual ele é consciente, ou que realiza o gênero, a própria humanidade do homem é a razão, vontade e coração (amor). Mas, esses três elementos não têm poder em si mesmo. O poder que esses elementos têm é dado pelo homem – vontade é o poder da vontade; o poder da razão é o poder da razão e o poder do amor é o poder do amor.
Feuerbach quer dizer que a consciência que o homem tem do objeto é a consciência que ele tem de si mesmo. Através do objeto se conhece o homem. O objeto é a essência revelada do homem, o seu eu verdadeiro, objetivo. E além do mais, o homem nada é sem objetivo. A sua meta é realizar a sua própria essência – querer ser perfeito. E o que compõe a sua essência é o querer, o amor e o pensar.
Segundo Feuerbach, qualquer que seja o objeto de que tomemos consciência ficará simultaneamente que tomemos consciência da nossa própria essência. É por isso, que ele diz que o ser absoluto, o Deus do homem é a sua própria essência. “Deus é o espelho do homem ”. Isso porque, a consciência do infinito – Deus – é a consciência da própria essência do homem. Portanto, consciência é o ser-objeto-de-si-mesmo de um ser; nesse sentido não é nada de especial, nada diferente do ser que é consciente de si mesmo.
Consciência é autoconfirmação, auto-afirmação, amor próprio, contentamento com a própria perfeição. Consciência é a marca característica de um ser perfeito; consciência existe somente num ser satisfeito, completo. Toda limitação da razão ou da essência do homem em geral baseia-se num engano, num erro. Pode o indivíduo sentir-se finito, limitado, mas ele só pode ter consciência da sua limitação porque a infinitude do gênero é um objeto para ele, seja um objeto do sentido, da consciência moral ou da consciência pensante. Se ele, porém, fizer das suas limitações as limitações do gênero, explicar-se isto pelo engano dele se considerar idêntico ao gênero.
Assim, para Feuerbach o homem desloca o seu ser para fora de si antes de encontrá-lo em si. Todas as qualificações do ser divino são qualificações do ser humano. O ser divino é unicamente o ser do homem libertado dos limites do indivíduo , isto é, dos limites da corporeidade e da realidade, mas objetivado, ou seja, contemplado e adorado como outro ser, distinto dele. O homem se alheia e constrói a divindade sem se reconhecer nela porque encontra uma natureza insensível aos seus sofrimentos, porque tem segredo que o sufocam; e, na religião, alivia o seu próprio coração oprimido. Ele foge da natureza, das coisas visíveis, refugiando-se no seu próprio íntimo, para aqui encontrar que escute o seu próprio sofrimento. É aqui que ele expressa os segredos que o sufocam, é aqui que ele alivia o seu próprio coração oprimido. Esse conforto do coração, esse segredo que pode se revelar, esse sofrimento que pode se expressar, isso é Deus. Deus é uma lágrima de amor derramada no mais profundo segredo sobre a miséria humana.
Pelo Deus conheces o homem e vice-versa pelo homem conheces o seu Deus; ambos são a mesma coisa. O que é Deus para o homem é o seu espírito, a sua alma e o que é para o homem seu espírito, sua alma, seu coração, isto é também o seu Deus. Deus é a intimidade revelada, o pronunciamento do Eu do homem.
A consciências de Deus, definida como a consciência que o homem tem de si mesmo, não deve ser aqui entendido como se o homem religiosos fosse diretamente consciente de si, que a sua essência de Deus é a consciência que tem da sua própria essência, porque a falta da consciência deste fato é exatamente o que funda a essência peculiar da religião. Para sanar este mal-entendido é melhor dizer: a religião é a consciência primeira e indireta que o homem tem de si mesmo. Por isso, em toda parte a religião precede à filosofia, tanto na história da humanidade quanto na história do indivíduo. Neste caso, a religião é a essência infantil da humanidade. Assim, Feuerbach diz que a religião no primeiro momento – a anterior – é para a posterior uma idolatria: o homem adorou a sua própria imagem. Ele objetivou-se, mas não reconheceu o objeto como sua essência.
Quando o homem religiosos projeta a sua imagem no céu e diz que não é ele, isso é um empobrecimento dos atributos do homem, pois ele nega os seus próprios atributos. Pois, ao criar o objeto, o homem coloca tudo aquilo que ele gostaria de ser: infinito, onipotente, imortal, ilimitado. Nesse caso, é o homem quem cria Deus. Perguntar quem é Deus é perguntar quem é o homem. Mas, quando o homem pensa que é criatura de Deus, isso é o máximo da sua alienação, porque ele passa a ser criação do objeto criado por ele. “Não é Deus que cria o homem, mas é o homem que cria Deus.” O que há de bonito na religião é que ela coloca a capacidade do homem se admirar consigo mesmo. E o que há de feio é que considera o ser parte diferente de Deus. Portanto, todas as qualidades da ação essência divina são qualidades da essência humana. Um ser sem qualidade é um ser sem objetividade e um ser sem objetividade é um ser nulo.
O suposto religioso de limitar Deus através de predicados determinados é apenas o desejo irreligioso de nada mais querer saber de Deus, de tirá-lo fora da mente. “ Quem teme ser infinito, teme existir”. Quem crê seriamente na existência de Deus, este não se escandaliza com as qualidades de Deus.
A intenção de Feuerbach é provar que a oposição entre o divino e o humano é apenas ilusória, isto é, nada mais é do que a oposição entre a essência humana e o indivíduo humano, que consequentemente também o objeto e o conteúdo da religião cristã é inteiramente humana - a teologia é antropologia. A religião é o relacionamento do homem consigo mesmo. A essência divina não é nada mais do que a essência humana. Os predicados divinos não passam de predicados humanos. É bom salientar, que Feuerbach apresenta duas formas de negação dos predicados divinos: “não dá para conhecer Deus” por causa da ingnoscibilidade de Deus (isso é fruto dos últimos tempos, um produto da descrença moderna) e fazer uma distinção entre o Deus em si e o Deus para mim.
Para Feuerbach a distinção entre Deus em si e o Deus para mim é uma distinção cética, pois Deus como se apresenta para mim tem qualidades humana. Quando sou capaz de me pensar como gênero, essa distinção - entre Deus em si e Deus para mim - desaparece, pois não tem sentido. A atividade divina não se distingue da humana. Todas as qualidades humanas são perfeitas porque não tem um ser que esteja acima do homem. não temos fundamentos para fazer essa distinção. Essa distinção é cética. Perguntar se Deus é em si o que ele é para mim, significa perguntar se Deus é Deus.
CONCLUSÃO:
Feuerbach substitui o Deus do céu por outra divindade, o homem de carne e de sangue. E, assim, pretende substituir a moral que recomenda o amor a Deus pela moral que recomenda o amor ao homem em nome do homem. Essa é a intenção do humanismo de Feuerbach: a de transformar os homens de amigos de Deus em amigos dos homens, de homens que crêem em homens que pensam, de homens que oram em homens que trabalham.
A origem da idéia de Deus tem o caráter da hipostatização: o homem projeta todas a suas qualidades positivas numa pessoa divina e faz dele uma realidade subsistente, diante da qual ele se sente esmagado como um nada ou, pelo menos, como um miserável pecador. Assim, por exemplo, a idéia de Deus como pai nasce da necessidade de segurança dos homens; a idéia de Deus feito homem exprime a excelência do amor pelos outros; a idéia de um ser perfeitíssimo nasce para representar ao homem aquilo que ele deveria, mas que jamais consegue ser, a idéia de uma existência ultraterrena não é outra coisa senão a fé na vida terrestre, não como ele é atualmente, mas como deveria ser; a Trindade sugere as três faculdades supremas do homem, vontade, razão e amor, tomadas na sua unidade e projetada acima do homem, e assim por diante.
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