7/17/2006

A REDESCOBERTA DO SAGRADO


Antes mesmo de elaborar comentários iniciais sobre a temática proposta, faz-se necessário fazer um percurso histórico para entendermos melhor o fenômeno da busca ao Sagrado na atual sociedade.

I. IDADE MÉDIA: DEUS É A CAUSA DE TUDO
A influência da igreja na Idade Média foi marcante na vida medieval: a elaboração da cultura desenvolveu uma espaço mental em que o conhecimento do mundo, e de si mesmo pressupunha a tarefa de encontrar em toda a parte a ordem de Deus.
Os conhecimentos produzidos, não poderiam em hipótese alguma contrariar as idéias religiosas, mesmo porque o próprio clero estava envolvido na elaboração e veiculação dos conhecimentos da época. O papel da razão, portanto, era justificar as doutrinas cristãs. A única fonte de conhecimento que se tinha era a Bíblia. Todo saber constituído subordinava-se a fé e toda visão de mundo era determinado por ela: a vontade de Deus exercia o papel de fundamento do raciocínio.
Pensar em gerar conhecimento significava combinar opiniões tradicionais sobre as coisas, seguindo as regras aristotélicas. O saber é mediado, isto é, a pessoa não vai a realidade para comprová-la, mas as opiniões para falar sobre algo. A priori todos os problemas já estão solucionados. Deus é centro e a causa de todo fenômeno natural. Toda verdade é revela por Ele.
Porém, vários acontecimentos a partir do século XVI vão enfraquecendo o poder da Igreja: o surgimento da burguesia; a reforma protestante que foi uma violenta campanha contra a tradição e contra a infabilidade papal; o surgimento de novos métodos científicos; a autonomia da filosofia em relação à teologia e a rejeição da filosofia nos moldes aristotélicos– escolástica que representou uma reviravolta no pensamento humano sendo, o filósofo Descartes, através da sua obra O Discurso do método, o principal responsável por essa mudança radical.
Tendo em vista esses acontecimentos, o homem passa a não ser mais condicionado por um ser divino mas, pela sua própria razão. É ele que dá sentido a tudo que existe. Ele passa a procurar uma explicação racional para tudo que existe no mundo. A razão não é revelada e tem origem na própria estrutura cognitiva humana. É o período de um novo momento histórico chamado modernidade.

II. A MODERNIDADE: DEUS É A CIÊNCIA
A modernidade é um processo que tem sua origem no século XVI, quando começa a emergir um novo tipo de humanidade consciente de sua própria autonomia e de sua própria força racional. No momento em que Descartes cunha o famoso axioma "Cogito, ergo sum", a razão começa a celebrar o seu triunfo, empurrando a fé (no caso, a fé cristã!) sempre mais para a periferia. Nesse período, a perspectiva teocêntrica dá lugar ao antropocêntrica. Deus deixa de ser lógos, e a racionalidade, que seria um limite à sua onipotência, tornar-se um atributo exclusivo do homem. Ora, se Deus não é lógos, não pode ser conhecido pela razão humana. Desligando-se do Deus incognicível, a razão volta-se para o que pode conhecer, o mundo físico e o mundo humano.
Este novo período chamado de modernidade desemboca na sociedade que denominamos "secularizada". O eixo da civilização deixou de ser a religião, como foi no passado, e se deslocou para a economia (produção e trabalho) e a política. A religião passou para o domínio privado. Para a sociedade moderna, a religião não conta. As esferas da vida humana tornam-se sempre mais autônomas. O que conta na vida do ser humano é este mundo, é a imanência. A transcendência nada mais diz ao homem da modernidade. É o fenômeno do "secularismo".
Entre os objetivos da modernidade aparecem dois como fundamentais: o esclarecimento e a emancipação dos homens. Trata-se de um momento histórico marcado pela valorização da razão e da autonomia do indivíduo em contraposição à fé e à submissão a superiores hierárquicos (fossem membros do clero ou governante)s. Tratava-se de vencer as "trevas da ignorância e do preconceito", armando-se com a "luz da razão".
A ciência surge como o único meio para resolver, ao longo do tempo, todos os problemas humanos e sociais. Ela é garantia absoluta do destino progressista da humanidade. Trata-se de um otimismo geral, que brota da certeza do progresso incontível rumo a condições de bem-estar generalizado.
Porém, a razão que antes emergira para combater o mito e promover a emancipação, reduziu-se apenas ao controle técnico da natureza e dos homens, trazendo à tona o horror a vida, inserida em relações de trabalho e dominação. A razão Cartesiana enraizou-se numa técnica e numa ciência que supervalorizou a racionalidade instrumental como único meio norteador e propulsor das ralações entre os indivíduos e, entre estes e a sociedade, trazendo conseqüências sérias para a vida humana: duas Guerras mundiais, Nazismo; Stalinismo, destruição da natureza e aumento da pobreza.
A razão instrumentalizada criou um mundo artificial que invadiu o mundo humano através da robótica e do tecnicismo, fazendo com que as relações fossem regidas por um pragmatismo das ações tornando-as coisificantes e violentadoras. Vê-se assim gerar uma Cultura do simulacro em que a representação artificial vale mais que o conteúdo. A ética, portanto, é escanteada e reduzida aos interesses do poder e do dinheiro que são a linguagem própria utilizada no mundo capitalista. Vale dizer que valores comuns, ideais a perseguir comunitariamente são dissolvidos por uma razão autônoma e irracional que gera seres coisificados.
Assim, a proposta de tornar todos os indivíduos universalmente morais através da transferência de suas responsabilidades morais para o legislador falhou, assim como o projeto de igualdade e liberdade. O progresso, que se aguardava pelo desenvolvimento da inteligência do homem, não veio para todos. A ciência não foi capaz de resolver todos os problemas sociais que afligiram e afligem a humanidade, como a fome, a desigualdade social, a má distribuição de renda, as doenças sexualmente transmissíveis, etc. A fé que tanta gente fazia na razão humana para programar, projetar alternativas e resolver as grandes questões humanas não satisfez as expectativas. Assim, deduz-se que o projeto da modernidade – este período governado pela deusa ciência e pela técnica – faliu. A modernidade entrou numa profunda crise. Surge, então, um novo momento histórico chamado de pós-modernidade.

III. A PÓS-MODERNIDADE: CRISE DA RACIONALIDADE MODERNA E RETORNO AO SAGRADO
Trata-se de um novo momento histórico conhecido como "crise da racionalidade moderna". É um momento histórico marcado pela descrença na razão e na ciência.
Esta decepção tem a sua razão de ser ao considerar a situação cada vez pior em relação à vida humana e ao meio ambiente, considerando as guerras que prosseguem, as experiências atômicas que continuam, as injustiças e distâncias crescentes entre ricos e pobres e o fracasso de muitas previsões otimistas. A pós-modernidade não acredita num progresso necessário e infinito. Este ideal mostrou-se e mostra-se irrealizável. Em vez do progresso sonhado, houve regresso: concentração de riquezas nas mãos de poucos e aumento acelerado da pobreza. A ciência, assim, está perdendo seu valor como fonte de sentido e como princípio válido de orientação cultural. Esta crise das forças de configuração dos tempos modernos tem necessariamente seus efeitos sobre o que há de mais íntimo no homem do Ocidente e coloca em xeque seu pensar, seu agir e seu sentir. Vejamos as principais conseqüências aos efeitos drásticos causados pela modernidade, que estão presentes na pós-modernidade:

III.1. A ética
Os filósofos modernos ficaram mais preocupados com a prática do que a teoria. Tudo ficou reduzido ao campo prático. A ética ficou escanteada, ficando, assim, subordinada aos efeitos causais. Desse modo, tudo passou a ser justificado, trazendo, assim, várias conseqüências para o novo momento histórico que estamos vivendo:
- A responsabilidade: além de proclamar a auto-suficiência da razão humana e de rejeitar a pretensão de Deus em ditar a sorte humana, minando assim o mais sólido fundamentos em que se apoiou no passado a instrução moral, o movimento moderno pulverizou qualquer chão sobre o qual se funda conceitualmente os mandamentos morais - minou a moralidade como tal: as responsabilidades não vão além das obrigações contratuais. A responsabilidade pelo outro e pela a coletividade é negligenciada e só é sentida quando ela falta. Ela vive flutuando e pode recair na cabeça de que nada tem haver.
- A obediência: a obediência só se dá pelo cumprimento da lei. Não existe uma justificabilidade;
- A moral não tem fundamento: a moral pós-moderna é fundamento sem fundamento por que nada é absoluto. Nenhuma norma é dogma. O que se chegou a associar-se como a noção pós-moderna da moralidade é muitíssima vezes a celebração da morte do ético, da substituição da ética pela a estética. A moralidade pós-moderna é, portanto, uma moralidade sem código ético. Ela é crítica de si mesma, enquanto a moral moderna era crítica da religião e da ciência. A moralidade é não-universalizável;
- A sociedade tornou-se pluralista: não existe apenas uma cultura ou um pensamento. O singular é monótono. Só é possível ser uno no plural;
- Deslegitimou-se a idéia de auto-sacrifício: as pessoas não estimuladas ou desejosas de se lançar na busca de ideais morais e cultivar valores morais; os políticos depuseram as utopias; e os idealistas de ontem tornaram-se pragmáticos. O mais universal de nosso slogan é nenhum excesso. Trata-se de um individualismo não-adulterado e de busca de boa vida, limitada só pela exigência de tolerância;
- A moralidade é incuravelmente aporética: poucas escolhas (e apenas as que são relativamente triviais e de menor importância existencial) são boas sem ambigüidade. A maior parte das escolhas morais são feitas entre impulsos contraditórios eu moral move-se, sente e age em contexto de ambivalência e é acometido pela incerteza. Percebe-se que raramente atos morais podem trazer completa satisfação; a responsabilidade que guia a pessoa moral está sempre adiante do que foi e do que pode ser feito.
- A incerteza moral: as normas éticas se tornam impotentes. Tudo é transitório. A autoridade e a inefabilidade são negadas pois não confiamos em nenhuma plenamente por logo tempo pois tudo é questionado e tido como suspeito. Nossa responsabilidade moral e coletiva, assim com a responsabilidade moral de todo homem e de toda mulher, nada no mar da incerteza.
- O grande tema, liberdade e igualdade, virou anarquia: a responsabilidade desapareceu em meio a massa. As regras normativas passaram a ser o próprio indivíduo.

III.2. A concepção de verdade
Não existe mais um fundo ontológico em relação a verdade, pois a realidade é uma ilusão. Para o pós-moderno, a única verdade seria a ausência de verdade, o único bem a ausência de bem, e assim por diante. Cada um tem a capacidade de decidir sobre como viver, o que fazer, e assim por diante. A verdade passa a ser interna a cada homem, não mais exterior e transcendente, pois cada homem possui a verdade dentro de si (panteísmo) e faz parte de um todo (Holos) que se percebe necessariamente no imanente.

III.3. A mentalidade imediatista
A Pós-modernidade forma uma mentalidade imediatista no homem. O seu lema é: "Aproveitar o máximo o presente e não se preocupa com o que vem depois, que pode ser a morte”. Para o homem pós-moderno existe apenas um propósito subjetivo: “acima de tudo experimentar fortes sentimentos de prazer, e secundariamente evitar o desprazer”.
Enquanto a modernidade se baseia no ideal de trabalho (surgido principalmente após a "Revolução Industrial"), que garantiria o futuro, e na racionalidade científica, a Pós-modernidade nega o interesse pelo futuro e procura a sensibilidade ao invés da racionalidade.

III.4. O pacifismo consensual pós-moderno
Não havendo pelo que lutar ou o que defender (tudo é relativo, até mesmo aquilo em que eu suponho acreditar), a Pós-modernidade gera uma sociedade pacifista e consensual. Trata-se de um pacifismo onde todos não lutam pelo que acreditam, ou não acreditam no que lutam, pois toda ideologia é falsa.
Não há uma objetividade de juízo sobre os seres, logo, não há como lutar por coisas incertas, muito menos matar ou morrer por alguma coisa que não vale a pena.

III.5. A apatia política
No campo político-social, a pós-modernidade se traduz por uma profunda apatia e desinteresse, explicado pela própria ausência de ideais, de verdades pelas quais lutar, de ideologias, de certezas e objetivos.

III.6. O adeus a tradição e a autoridade
O homem pós-moderno não é mais o homem que sofre a ruptura entre o passado e o presente, entre o ante e o depois, mas o homem que carrega em si mesmo a ruptura como o mesmo de sua vontade. Será criador aquilo que rompe com o passado.

III.7. A tecnologia
A tecnologia entra como elemento que proporciona a humanidade uma vida melhor, está sempre superando a si mesma. As inovações que, antigamente, exigiam o trabalho de várias gerações têm lugar atualmente em só geração. Através da técnica o homem ultrapassa seus próprios limites, cria sempre algo que o ajude a viver mais, a progredir na vida. Desse modo, a tradição se torna inútil, um monte de lixo da história.

III.8. No campo religioso: Retorno ao Sagrado
Alguns propósitos e referências que guiaram a humanidade durante muito tempo desapareceram nesta virada de século. A fé que tanta gente fazia na razão humana para programar, projetar alternativas e resolver as grandes questões humanas não satisfez as expectativas da grande maioria. Assim, deduz-se que o projeto da modernidade – este período governado pela deusa ciência e pela técnica – faliu. Por esse motivo, vive-se um momento caracterizado pela carência de projetos concretos e coletivos. Já que não é possível encontrar respostas satisfatórias na razão humana para resolver os dramas pessoais e coletivos, procura-se, então, na experiência religiosa - marcada pela sua pluralidade - uma resposta eficiente para compensar as crises existenciais.
Percebe-se, então, uma emergência do Sagrado, desde suas formas pagãs, até as manifestações conservadoras e fanáticas. Essa busca é caracterizada pela experiência emocional e pela valorização a subjetividade e tudo aquilo que diz respeito aos sentimentos. É um retorno ao Sagrado, mas um sagrado que nega a exigência da fé comunitária, os conteúdos doutrinais e as religiões institucionalizada, colocando em destaque uma experiência pessoal extremamente - epidérmica - íntima e sincretista, onde o culto a estética, ao corpo e a aparência é uma constância. Trata-se de uma fé sentimentalista que acaba na própria individualidade e que faz com que as pessoas provem todas as coisas, sem qualquer tipo de distinção. A satisfação prazerosa é o princípio que justifica tudo o que se faz.
O Sagrado vem sanar, em nível individual, as carências, necessidades e feridas que a sociedade altamente tecnificada tem produzido: o horror de duas guerras mundiais neste século, os artefatos bélicos atômicos capazes de destruir várias vezes toda a vida no planeta, a péssima distribuição da renda a nível mundial, com a espantosa diferença entre o assim chamado "primeiro mundo" e o "terceiro mundo". E hoje, seja no "primeiro", como no "terceiro" mundo, a "globalização da economia" que traz consigo o espectro do desemprego. Já não se pode confiar na razão instrumental, técnica, científica, pois ela continua devastando a natureza, destruindo a cada dia inúmeras espécies de vida, poluindo as águas, os ares, o solo e o subsolo, desgastando os relacionamentos humanos. Enfim, impõem-se o medo, a angústia, a falta de sentido, subprodutos do desenvolvimento. Entregue à frieza da técnica, à carência de sentido, o homem reage buscando o oposto: a harmonia, a emoção, a intuição, a razão fruitiva e comunicativa. Rasga-se então enorme espaço para o surto religioso de todo tipo: esoterismo, promessas de curas, práticas de ocultismo mágico, passagens pelo fogo, saunas hindus, a fé na virada do tempo para uma Nova Era do homem aquariano.
A onda mística destes últimos anos reflete forte dose compensatória da carência existencial. O olhar desvia-se do sagrado como valor absoluto em si e, por isso, normativo, para concentrar-se no indivíduo necessitante de conforto. O sagrado vem consolar, resolver os problema imediatos. Portanto, o homem se volta para a religião em busca de paz e de bem estar para resolver os seu problemas espirituais - é uma maneira de compensar e preencher as lacunas do seu mundo vazio e solitário, cheio de descrença e ilusão. Por esse motivo, muitos procuram experiências religiosas mais adequadas ao novo contexto: esoterismo, astrologia, quiromancia, cultos afros e seitas pentecostais, que obedecem a uma fórmula de muita emoção e pouca razão. É um verdadeiro “mélange” ecumênico, onde cada um faz o que quer e o que lhe agrada.
Por outro lado, a busca do Sagrado não é um fenômeno religioso tipicamente negativo, pois demonstra a sede que todo homem tem de encontrar-se consigo mesmo e com Deus. Alguns pontos merecem destaque pois nos permite a valorizar e a respeitar mais a subjetividade do indivíduo, rompendo com os esquemas tradicionais; ajuda-nos, assim, a cultivar mais o elemento místico, através da oração pessoal e da contemplação.


BIBLIOGRAFIA

ABBAGNANO, Nicola. História da filosofia. Tradução de Antônio Ramos Rosa. 3ª ed. Lisboa: Ed. Presença, 1992. Vol. VI.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1986.

__________ . Temas de filosofia. São Paulo: Ática,1995.

BOEHNER, Philotheus, GILSON, Etienne. História da filosofia cristã desde as origens até Nicolau de Cusa. Tradição de Raimundo Vier. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1991.

BOFF, L. Mística e espiritualidade,

CONTRIN, Gilberto. História e consciência do mundo. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1993.

___________. Fundamentos da filosofia. 13º ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 4ª ed. São Paulo: Ática, 1995.

CUNHA, José Auri. Filosofia: iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual,1992.

GAARDER, Jostein. O Mundo de sofia. Tradução de João Azenhar. 3. ed. São
FREITAG, Bárbara. A teoria crítica ontem e hoje. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

GASTALDI, I. Educar e evangelizar na pós-moernidade,

MONDIN, Battista. Introdução à filosofia. Tradução de Renard. São Paulo: Paulinas, 1980. Coleção filosofia, Vol. II.

___________ . Curso de filosofia. Tradução de Benôni Lemos. 3ª ed. São Paulo: Paulinas, 1983. (Coleção filosofia).

OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Ética e racionalidade moderna. São Paulo: Loyola, 1993.

REALE, Giovanni, ANTISERI, Dario. História da Filosofia. 2ª. ed. São Paulo: Paulus, 1991. Col. Filosofia.

TOURAINE, Alain. Crítica da modernidade. 4ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

TUGENDHAT, Ernst. Lições sobre ética. Petrópolis: Vozes, 1997.

Nenhum comentário: